O Estado de São Paulo apresentou uma redução nos furtos e roubos a residências no primeiro trimestre de 2025, comparado com o mesmo período de 2024. De acordo com o site da Secretaria da Segurança Pública, foram registrados 9,5 mil boletins de ocorrência entre janeiro e março, o que representa uma queda de 26% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizados 12,9 mil casos.
Essa redução resultou em cerca de 3,3 mil imóveis que deixaram de ser alvo desses crimes. A capital paulista também registrou uma queda de 12% nos furtos e roubos a residências no primeiro trimestre, com aproximadamente 1,3 mil ocorrências.
O ano de 2024 fora encerrado com uma redução de 27% nessas ocorrências em relação a 2023, o que representou cerca de 2 mil casos a menos na cidade. O delegado Fábio Sandrin, da 4ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio (Disccpat), atribui as quedas à ação da polícia.
Ele afirma que as quadrilhas especializadas em furtos e roubos costumam operar em grupos organizados, com alguns membros atuando na vigilância das ruas para facilitar a invasão e a fuga. “A unidade identifica e prende integrantes de quadrilhas especializadas após um minucioso trabalho de inteligência”, disse o delegado.
As quadrilhas têm utilizado ferramentas para o arrombamento dos imóveis, como a clonagem do controle remoto dos portões. Sandrin ressalta que os principais itens buscados pelos criminosos são dinheiro em espécie, joias, relógios e armas de fogo.
Uma operação realizada em 28 de fevereiro resultou na detenção de seis suspeitos ligados a uma quadrilha especializada em furtos a residências em bairros nobres da capital. As investigações das autoridades de segurança pública indicam que o grupo participou de pelo menos seis crimes, cinco deles cometidos em um período de um mês.
Além do combate direto às invasões, a polícia tem focado também na repressão à receptação dos objetos roubados. Em 2025, mais de 35 receptadores foram identificados na cidade de São Paulo, incluindo pessoas com estabelecimentos comerciais regulares e grande poder econômico.
As investigações indicaram que alguns desses criminosos mantinham conexões internacionais, enviando joias e relógios de luxo furtados para o exterior. A delegacia onde atua Sandrin já prendeu 16 suspeitos envolvidos em furtos e roubos a condomínios e residências neste ano.
Até o mês de maio, o Deic recuperou aproximadamente R$ 10 milhões em bens e R$ 484,4 mil em dinheiro. Em 2024, foram apreendidos, na capital, centenas de artigos de valor, incluindo pedras preciosas, joias, relógios e bolsas, itens que são frequentemente o principal objetivo das quadrilhas.
