Petrobras se prepara para perfurar poço na Foz do Amazonas

Petrobras se prepara para perfurar poço na Foz do Amazonas

A Petrobras está prestes a iniciar a perfuração do primeiro poço em águas profundas na Bacia da Foz do Amazonas, uma região considerada estratégica para a segurança energética do país. A empresa aguarda apenas a liberação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para realizar um teste operacional, etapa final antes da concessão da licença para a exploração.

O teste, que a Petrobras pretende realizar ainda em junho, visará avaliar a capacidade de resposta da estatal em caso de acidentes durante a perfuração. A estrutura necessária para o teste foi aprovada recentemente e inclui a instalação de uma base de resgate à fauna no município de Oiapoque, no Amapá.

A autorização do Ibama abrirá caminho para a exploração de petróleo na região, o que tem gerado controvérsia entre setores ambientalistas e defensores do projeto. Enquanto alguns argumentam que a exploração de petróleo é essencial para a segurança energética do país e para o desenvolvimento econômico da Região Norte, outros criticam a abertura de novas fronteiras de exploração, especialmente às vésperas da COP30, em Belém.

O projeto tem sido retomado após pressão do Congresso, liderada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que defende a liberação do poço como forma de geração de empregos e renda para o Estado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), o potencial da bacia pode alcançar 1,1 milhão de barris por dia até 2029, o queequivaleria a cerca de um terço da produção brasileira atual.

No entanto, ambientalistas argumentam que a liberação do poço enfraquece o discurso do governo em defesa da transição energética e contradiz a imagem de liderança ambiental que o Brasil tenta projetar no cenário internacional. Além disso, o governo federal deve licitar 47 novas áreas exploratórias na Bacia da Foz do Amazonas em junho, o que pode gerar uma corrida por novas concessões na região se o Ibama autorizar a perfuração.

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