Um grupo de manifestantes pró-Palestina ocupou a livraria principal da Universidade de Columbia, em Novidade York, na quarta-feira 7. Eles penduraram bandeiras palestinas nas paredes, marcando a primeira grande sintoma no campus desde os protestos da primavera passada.
Os manifestantes, capturados em vídeos e fotos nas redes sociais, usavam máscaras e lenços kaffiyeh, símbolo de solidariedade palestina. Pessoas estavam em cima de mesas, gritando em megafones: “Libertem a Palestina”.
O Departamento de Polícia de Nova York informou que 78 pessoas foram presas e duas receberam intimações. O protesto ocorre em meio à pressão da gestão de Donald Trump sobre a Columbia.
Em março, a universidade foi ameaçada com o namoro de US$ 400 milhões em financiamento federalista, sob a argumento de não proteger estudantes judeus durante os protestos do ano anterior.
Autoridades condenam protesto pró-Palestina

O Secretário de Estado Marco Rubio declarou em uma rede social que “bandidos pró-Hamas não são mais bem-vindos em nossa grande região”.
O prefeito de Novidade York, Eric Adams (Democrata), considerou o protesto “inadmissível” em entrevista na TV, afirmando que a polícia estava mobilizada e pedindo aos pais que retirassem seus filhos do lugar.
A presidente interina da Columbia, Claire Shipman, relatou que dois oficiais de segurança ficaram feridos durante a invasão. Ela solicitou a ajuda da polícia para testificar a segurança do campus.
Desde os protestos da primavera passada, o campus gramado da Columbia, normalmente desimpedido ao público, está alcançável unicamente a alunos e professores.
Incidentes recentes
O protesto na Livraria Butler teve início por volta das 15h, durante o período de estudos que antecede as provas finais. Organizado pelo grupo Columbia University Apartheid Divest, o ato foi convocado pelas redes sociais com o chamado: “TRAGAM BARULHO, USEM MÁSCARA”.
Nesta semana, Tarek Bazrouk, de 20 anos, morador de Novidade York, foi culpado de crimes de ódio em contextura federalista. Ele é suspeito de ter atacado manifestantes judeus ao menos três vezes nos últimos nove meses. Em abril, teria chutado um estudante judeu enquanto manifestantes pró-Israel eram levados por policiais.
Em dezembro, Bazrouk teria roubado uma bandeira de Israel das mãos de um estudante judeu durante um protesto, agredindo o irmão do jovem ao tentar restaurar o objeto. No mês seguinte, usando um kaffiyeh, ele também teria oferecido um soco no nariz de outro manifestante judeu.
Christopher Raia, diretor assistente do FBI em Novidade York, declarou que Bazrouk apresentou um padrão de base a grupos terroristas antissemitas. “Esses supostos crimes de ódio não unicamente violaram os direitos constitucionais das vítimas, uma vez que também espalharam temor e intimidação entre a comunidade”, afirmou.