Com o aval do governo Lula, a exploração de petróleo e gás na Bacia da Foz do Amazonas está ganhando força. Recentemente, um leilão promovido pela Agência Nacional do Petróleo atraiu gigantes do setor, como a Petrobras, ExxonMobil, Chevron e CNPC, que arremataram 19 blocos exploratórios. Isso ocorreu apesar da resistência deambientalistas e da demora na liberação de licenças ambientais, um total de quase R$ 845 milhões.
A região conhecida como Margem Equatorial estende-se do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte, abrangendo uma área extensa no Norte do país. No mês passado, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, declarou que a criação de uma nova unidade de conservação marinha na Margem Equatorial não seria um impedimento para a pesquisa e exploração de petróleo, desde que atendam às exigências de licenciamento ambiental.
No entanto, em 2023, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) teve que travar a licença ambiental solicitada pela Petrobras para perfuração na Foz do Amazonas, justificando os riscos à biodiversidade e impactos às comunidades indígenas. Mas em 2025, o cenário mudou: a estatal avançou para a fase final do licenciamento, o que animou o setor e abriu caminho para os novos leilões.
O Brasil tem alta expectativa nessa nova fronteira energética. De acordo com estimativas da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a Margem Equatorial pode conter até 14 bilhões de barris de petróleo, quantidade suficiente para colocá-la entre as áreas mais promissoras do planeta, comparable à descoberta de reservas gigantescas na Guiana e no Suriname.
