As tarifas alfandegárias aplicadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, neste mês resultaram no menor índice de exportações da China desde dezembro de 2023. A atividade manufatureira do país asiático também é a menos pujante em mais de um ano. As informações, que foram divulgadas nesta semana, são da pesquisa do Escritório Vernáculo de Estatísticas da China.
Os dados revelam que o “tarifaço” de Trump começou a retrair a economia chinesa. O contexto pressiona o Partido Comunista da China, sobretudo o líder Xi Jinping, que agora começa a sentir os reais efeitos da política tarifária do presidente norte-americano.
Na economia interna, o índice de gerentes de compra do país marcou, em abril, 49 no setor manufatureiro — o menor desde dezembro de 2023. O resultado está inferior do recorte de expansão, que é 50. Em março, o mesmo índice marcou 50,5 para o ramo fabril chinês.
Um outro mecanismo responsável por medir as exportações chinesas apresentou resultados piores: 44,7 no quarto mês do ano. Trata-se do menor índice desde dezembro de 2022. Os resultados negativos refletem a estratégia dos compradores, que adiantaram os pedidos antes que o tarifaço norte-americano entrasse em vigor.
Trump quer findar com o déficit mercantil dos EUA
Donald Trump se elegeu com o projecto de renovar a economia dos EUA. Em menos de centena dias do seu segundo governo, ele deu início ao projeto de renovar, de maneira recíproca, toda a política econômica com o mundo e findar com o déficit mercantil do país. O republicano aplicou tarifas de 145% sobre produtos da China.
Os EUA têm um mercado consumidor de mais de 300 milhões de pessoas com cima poder de compra. Embora os chineses tenham tido um incremento econômico exponencial no decurso dos últimos anos, poucos países no mundo poderiam consumir tanto quanto o mercado norte-americano.
O governo chinês, no entanto, ainda se mantém irreduzível a negociar com a Casa Branca. “Permitam-me deixar simples, mais uma vez, que a China e os Estados Unidos não estão engajados em nenhuma negociação sobre as tarifas”, afirmou Guo Jiakun, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, durante coletiva de prensa.
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