O Brasil volta a ser manchete internacional, mas não por avanços democráticos ou conquistas sociais. Desta vez, o foco recai sobre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, acusado por Jason Miller — estrategista de campanha de Donald Trump — de agir como um “ditador de terceira categoria” e, em suas palavras, um verdadeiro “Rei Louco”. A declaração repercutiu fortemente e reforçou aquilo que milhões de brasileiros já percebem: o STF está ultrapassando limites constitucionais e perseguindo adversários políticos.
A recente decisão da Polícia Federal, autorizada por Moraes, de indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro é vista por muitos como um ataque direto à democracia. O relatório da PF acusa pai e filho de obstrução de Justiça, mas as evidências apresentadas soam frágeis e politicamente direcionadas. Eduardo é acusado de ser um “operador internacional” e Bolsonaro de “financiador” de supostas articulações. No entanto, nenhum crime concreto foi demonstrado de forma convincente — apenas narrativas que reforçam a perseguição contra a direita brasileira.
Jason Miller não poupou críticas ao ministro do STF. Em sua publicação, destacou que o mundo inteiro agora enxerga Moraes como alguém disposto a destruir a democracia em nome de poder pessoal. Para Miller, a escalada autoritária do Supremo não apenas prejudica a imagem do Brasil, mas também ameaça liberdades individuais conquistadas a duras penas. E ele tem razão. Quando um tribunal supremo começa a agir como partido político, o Estado de Direito perde seu sentido.
Eduardo Bolsonaro, em resposta, reafirmou que sua atuação nos Estados Unidos sempre esteve voltada à defesa de valores democráticos e liberdades individuais, negando qualquer intenção de interferir em processos internos do Brasil. Já Jair Bolsonaro segue sendo alvo de uma caçada política sem precedentes, cujo objetivo parece ser simples: eliminá-lo do cenário eleitoral a qualquer custo.
O que se vê é um Supremo cada vez mais distante do papel de guardião da Constituição. Ao contrário, age como protagonista de disputas políticas, escolhendo adversários e impondo medidas que afrontam a soberania popular. Enquanto isso, a mídia tradicional trata com naturalidade o que em qualquer democracia séria seria considerado abuso de autoridade.
A fala de Jason Miller ecoa como um alerta: o Brasil está sob os olhos do mundo. Se Moraes acredita que poderá agir sem consequências, enganou-se. Ao ser exposto por um dos principais estrategistas do movimento conservador global, sua imagem passa a ser associada ao autoritarismo e à arbitrariedade. A alcunha de “Rei Louco” pode até soar como uma provocação, mas, para muitos brasileiros, representa fielmente o que vem acontecendo no país.
Bolsonaro, Eduardo e seus aliados não são criminosos; são vítimas de um sistema que tenta calar vozes conservadoras e sufocar qualquer resistência. A verdadeira ameaça à democracia não vem deles, mas de dentro do próprio Supremo. E essa constatação, agora, não é apenas dos brasileiros, mas do mundo inteiro.