As contas de luz ficam mais caras em maio. O aumento se deve à emprego da bandeira amarela, autorizada pela Escritório Pátrio de Vontade Elétrica (Aneel) em abril. O dispêndio suplementar será de R$ 1,88 para cada 100 kWh consumidos.
A bandeira amarela foi autorizada em razão da transição do período pluviátil para o sequioso, o que impactou a geração de vigor em hidrelétricas.
O sistema de bandeiras tarifárias da Aneel indica as condições de geração de vigor e influencia a cobrança extra nas faturas. Com a subtracção das chuvas, as usinas hidrelétricas geram menos vigor, o que exige o acionamento de usinas termelétricas, mais caras.
As bandeiras amarela, vermelha 1 e vermelha 2 representam níveis crescentes de dispêndio suplementar para os consumidores.
As condições hídricas
Maio de 2025 encerra um ciclo de cinco meses de bandeira verdejante, período em que não houve cobrança extra devido ao regime pluviátil entre dezembro de 2024 e abril de 2025. Isso manteve os reservatórios em níveis favoráveis.
No entanto, as previsões revelam que as chuvas e as vazões dos reservatórios vão permanecer inferior da média nos próximos meses. Essas projeções justificaram a adoção da bandeira amarela.
“Com o término do período pluviátil, a previsão de geração de vigor proveniente de hidrelétricas piorou”, afirmou a Aneel. A dependência também alertou para o roupa de que, diante desse cenário, poderá possuir um maior acionamento das usinas termelétricas nos próximos meses, o que aumentará os custos para os consumidores e justificará a cobrança suplementar nas contas de luz.
Bandeiras tarifárias impactam conta de luz
As bandeiras tarifárias da Aneel são um sistema que sinaliza as condições de geração de vigor elétrica no país e indicam se haverá dispêndio suplementar na conta de luz dos consumidores.
Quando as condições são favoráveis, com boa geração hidrelétrica, a bandeira verdejante é acionada, o que significa que não há dispêndio extra para o consumidor. Nos demais casos, há custos. Veja:
- bandeira verdejante: usada quando as condições hídricas são favoráveis e, portanto, não há cobrança extra;
- bandeira amarela: autorizada quando há escassez hídrica moderada e gera acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos;
- bandeira vermelha: aplicada em casos de escassez hídrica severa, com custos ainda mais elevados, mas não previamente detalhados. A bandeira vermelha tem o patamar 1 e o patamar 2, conforme o nível de escassez de chuva.
Exemplificativamente, uma residência que consuma 200 kWh terá de remunerar R$ 3,66 a mais na conta de luz durante a vigência da bandeira amarela.