‘Clima é de apatia com derrotas no Congresso’

‘Clima é de apatia com derrotas no Congresso’

Em meio a um cenário político cada vez mais tenso em Brasília, um assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou, sob anonimato, a existência de um clima de “apatia” nos bastidores do Palácio do Planalto. Esse sentimento, segundo a informação do blog do jornalista Lauro Jardim, publicado no jornal O Globo, surgiu após as recentes derrotas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

“Aqui, há um clima de apatia com as derrotas recentes no Congresso”, afirmou o assessor. “A sensação geral é de busca de rumo, como se o governo estivesse procurando uma solução para dar uma virada.” Essas palavras capturam o estado de alma do governo federal, que enfrenta descontentamento crescente entre deputados e senadores.

Nos últimos dias, a tensão entre o Executivo e o Congresso Nacionalentedou-se cada vez mais. Diversas votações resultaram em reveses para o governo, o que agravou o descontentamento. Um dos motivos é a demora na liberação de emendas e a condução de matérias de interesse do governo Lula. Isso gera uma sensação de desânimo entre os assessores e membros do governo.

Um dos grandes desafios do governo Lula é a falta de uma base parlamentar sólida. Para contornar isso, o Palácio do Planalto distribuiu ministérios a partidos do chamado centrão, incluindo PP, Republicanos, PSD e União Brasil. O objetivo era garantir apoio pontual em pautas estratégicas e evitar que essas legendas se alinhassem com a oposição.

No entanto, essas quatro siglas, que lideram oito ministérios e representam 39% do Congresso, têm se mostrado fontes recorrentes de insatisfação para o governo, sobretudo na Câmara. Recentemente, seus parlamentares apoiaram a tramitação urgente de um projeto para suspender o aumento do IOF e participaram da derrubada de vetos presidenciais.

A insatisfação aumentou após o Executivo liberar apenas R$ 5 milhões de um total de R$ 50,3 bilhões em emendas previstas para 2025, com R$ 775 milhões empenhados até o momento. A situação tende a se agravar, já que PP e União Brasil planejam reavaliar sua presença no governo após a federação União Progressista (UP) ser oficializada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Uma das derrotas mais recentes do Executivo foi a aprovação do regime de urgência para a análise do projeto que suspende o reajuste do IOF, com 346 votos favoráveis e 97 contrários. Líderes do Congresso afirmam que não há ambiente favorável para aprovar aumento de impostos, mas a principal motivação é pressionar o Executivo por mais agilidade no pagamento das emendas.

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