Armínio Fraga defende congelamento do salário mínimo por 6 anos

Armínio Fraga defende congelamento do salário mínimo por 6 anos


Ex-presidente do Banco Meão durante o segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, Armínio Fraguedo propôs gelar o salário mínimo por seis anos, em termos reais — ou seja, sem aumento supra da inflação. Seu argumento é que a ação é necessária diante dos gastos públicos do Brasil, os quais estão “totalmente descontrolados”.

Ele apresentou essa proposta durante a Brazil Conference, um evento promovido por estudantes brasileiros de Harvard e do MIT, nos Estados Unidos.

Armínio destacou que a Previdência representa uma das maiores despesas do governo e necessita de uma reforma abrangente. Ele também mencionou a folha de pagamento do Estado brasiliano.

“Uma conta gigante é a Previdência, que precisa de uma reforma grande”, disse. “Uma boa e mais fácil seria gelar o salário mínimo por seis anos. O número 2 é a folha de pagamento do Estado. O RH do Estado brasiliano precisa passar por uma reforma radical.”

Ajuste fiscal

Armínio Fraguedo acredita que Lula não receberia muito a proposta de contenção de gastos | Foto: Ricardo Stuckert/PR

Apesar de reconhecer que a medida não seria muito recebida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Armínio defendeu a teoria de que é principal para sustar o aumento descontrolado das despesas.

Ele sugeriu ainda reduzir os gastos tributários em 2% do Resultado Interno Bruto (PIB). Combinada com o refrigeração do salário mínimo, tal medida poderia gerar uma economia de murado de 3% do PIB, o que considera fundamental para “virar o jogo” na economia brasileira.

Atualmente, a regra do governo Lula prevê que o salário mínimo tenha um lucro real atrelado ao propagação do PIB em relação aos dois anos anteriores, restringido por uma correção entre 0,6% e 2,5% ao ano. O salário mínimo no Brasil é de R$ 1.518, com previsão de atingir R$ 1.627 em 2026, segundo dados governamentais.

Armínio Fraguedo defende reforma estrutural

Armínio ressaltou que 80% dos gastos públicos são destinados à folha de pagamento da Previdência e dos Estados. Para ele, o ideal seria 60%, o que indica a premência de uma reforma estrutural no setor público.

Em outro momento, Armínio expressou preocupação com a política internacional e fez uma estudo das medidas de Donald Trump, nos EUA. Na visão do economista, o país norte-americano é uma espécie de “estrela guia” para as outras nações do mundo.

“Quando vejo Trump maltratando e humilhando o Canadá e o México, fico um pouco assustado”, afirmou. “Onde é que a gente vai desse jeito?”

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