Conselheiro de Trump reforça apoio a Bolsonaro e critica Moraes em campanha pela liberdade do ex-presidente

Conselheiro de Trump reforça apoio a Bolsonaro e critica Moraes em campanha pela liberdade do ex-presidente

Jason Miller, conselheiro próximo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou suas declarações em defesa do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Em uma postagem recente na rede social X, Miller afirmou que não irá “parar, desistir ou ceder” até que Bolsonaro esteja “livre”. A mensagem, acompanhada de emojis de punho cerrado e da bandeira do Brasil, reflete o tom combativo do empresário, que tem se posicionado como um dos principais aliados internacionais da família Bolsonaro e um crítico frequente do Supremo Tribunal Federal (STF).

A declaração veio após Miller compartilhar um comentário de um usuário que sugeria que o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes seria mais importante do que a libertação de Bolsonaro. O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, respondeu à publicação com bandeiras do Brasil e dos EUA, reforçando a conexão entre os apoiadores de Trump e a família Bolsonaro. Essa interação demonstra a articulação política que Eduardo vem conduzindo nos EUA desde fevereiro de 2025, onde busca apoio de congressistas americanos para pressionar por sanções contra Moraes e outros membros do STF. Essa movimentação tem incluído reuniões fechadas, participações em eventos conservadores e entrevistas para veículos estrangeiros.

Miller, que não ocupa um cargo oficial no governo dos EUA, é uma figura influente no círculo de Trump, tendo participado de suas campanhas presidenciais em 2016, 2020 e 2024, além de atuar nas equipes de transição. Sua relação com os Bolsonaro se fortaleceu nos últimos anos, especialmente com Eduardo, com quem compartilha eventos, debates e iniciativas políticas. Um exemplo disso foi sua participação na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) no Brasil, em 2021, onde promoveu a rede social Gettr, criada como uma plataforma voltada para usuários de direita, com pouca moderação de conteúdo e foco na liberdade de expressão.

Durante sua passagem pelo Brasil, Miller foi detido no Aeroporto Internacional de Brasília por ordem de Moraes, no âmbito do inquérito sobre atos antidemocráticos. Ele relatou que não foi acusado de nenhum crime, mas foi interrogado pela Polícia Federal antes de ser liberado. A experiência, segundo ele, serviu como um divisor de águas, intensificando suas críticas ao ministro, a quem já classificou como “a maior ameaça à democracia no Hemisfério Ocidental”. Miller também comparou Moraes a “um vilão de James Bond”, acusando-o de adotar “táticas ditatoriais” e concentrar poderes excessivos, como emitir intimações, bloquear redes sociais e ordenar prisões preventivas.

Recentemente, o governo Trump incluiu Moraes na lista de alvos da Lei Magnitsky, que pune indivíduos acusados de violar direitos humanos ou praticar corrupção. Essa medida reflete a crescente pressão internacional sobre o STF, especialmente em relação às decisões que afetam Bolsonaro e seus aliados. A situação de Bolsonaro, que enfrenta investigações e restrições judiciais, continua a gerar debates acalorados. Para Miller e outros aliados de Trump, a luta pela liberdade do ex-presidente brasileiro é uma bandeira de resistência contra o que consideram abusos de poder, mantendo acesa a chama da disputa política entre Brasil e Estados Unidos.

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