Dos mais de 20 milhões de famílias inscritas no Bolsa Família em fevereiro de 2025, murado de 7 milhões recebem o mercê há pelo menos dez anos — o que representa quase 35% do totalidade. O levantamento, divulgado neste domingo, 13, é do site Poder360.
A disparidade regional é marcante. O Nordeste lidera o ranking da sujeição de longo prazo, com 38,8% das famílias beneficiárias nessa situação — o equivalente a 3,7 milhões de lares. Na sequência, aparecem o Setentrião (33,7%), Sul (29,5%), Sudeste (29,1%) e Núcleo-Oeste (26,9%).

No recorte estadual, o destaque negativo é Alagoas, onde 42,7% dos inscritos recebem o mercê há pelo menos uma dez. Outros quatro Estados nordestinos — Paraíba, Piauí, Rio Grande do Setentrião e Maranhão — também ultrapassam os 40% nesse critério.
Já o Província Federalista, com exclusivamente 3,1% dos beneficiários em situação de sujeição longa, apresenta o menor índice pátrio, possivelmente revérbero de uma economia sítio mais robusta.

O paradoxo da assistência: proteção ou adaptação?
Embora o governo federalista alegue que a legislação não define limite de tempo para permanência no programa, há iniciativas voltadas à transição dos beneficiários para fora do Bolsa Família, porquê a chamada “Regra de Proteção” — um mecanismo que permite a manutenção parcial do auxílio por até 24 meses depois do aumento de renda da família.
Todavia, os dados sugerem que esse tipo de política tem sido insuficiente para romper o ciclo de pobreza de milhões de brasileiros.
“A partir de 2022, não exclusivamente aumentou o valor do Bolsa Família porquê cresceu o número de beneficiados”, observa Rodolpho Tobler, pesquisador do Ibre-FGV, responsável pela Sondagem do Mercado de Trabalho. “Não faz sentido para uma pessoa trespassar de lar para trabalhar oito horas por dia e lucrar um salário mínimo que, tirando impostos e descontos, é exclusivamente um pouco a mais do que obtém do governo sem fazer esforço.”

“Essa situação também drena recursos dos cofres públicos e não contribui em zero para a arrecadação de Imposto de Renda e Previdência”, observa Cauti. “Por justificação do excesso de programas sociais, o Brasil está se tornando mais pobre, menos produtivo e mais moroso.”
Os recordistas do Bolsa Família
A estudo por municípios expõe outro oferecido alarmante: 576 cidades brasileiras têm metade ou mais de seus beneficiários no programa há dez anos ou mais, o que representa 10,3% do totalidade de municípios do país. Em 2.687 cidades, esse porcentual é de 40% ou mais. Em contrapartida, exclusivamente 574 municípios apresentam menos de 10% dos beneficiários nessa exigência.

Esse retrato aponta para zonas de concentração sátira da pobreza estrutural, onde o assistencialismo prolongado parece ter substituído — sem sucesso — as políticas de geração de ocupação, qualificação e incentivo à formalização.
“O dispêndio para o Brasil é gigantesco”, explica o economista Gilberto Braga, professor no Ibmec-RJ. “É preciso inaugurar a investigar qual é o retorno desses gastos para o país no médio e no longo prazo. Está cada vez mais evidente que esses programas têm um dispêndio relativo grande. No mínimo, está na hora de aperfeiçoá-los.”